sexta-feira, 10 de maio de 2013

Lagoa do Abaeté

Lagoa do Abaeté
Salvador – Bahia - Brasil







A Lagoa do Abaeté está situada a mais de 10 Km do centro da capital baiana, no bairro de Itapuã, cujo acesso principal começa pela ladeira Ibiama e vai até a Ladeira do Mirante, onde se pode ter uma ampla vista do parque. O Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté foi criado em 3 de setembro de 1993, com uma área de 12000 m². O parque possui ainda um centro urbanizado, onde as lavadeiras têm a sede da associação.
A Lagoa do Abaeté é resultado do represamento de antigos rios que corriam na região, somado ao acúmulo de águas da chuva. Suas correntes de água não se misturam, propiciando variadas temperaturas em toda a sua extensão. O visitante agradece o mergulho refrescante enquanto relaxa, curtindo o tempero da Bahia. Os mais de 18 mil m² de área preservada transformam o Parque da Lagoa do Abaeté em um dos maiores centros de lazer ecológico de todo o Nordeste.
Abaeté na língua tupi significa homem de palavra, forte, homem verdadeiro. É uma lagoa de mistérios e encantos, cercada por areias brancas. A lagoa de Itapuã, escondida em meio a belezas naturais, era reverenciada como sagrada pelos adeptos do candomblé. Apesar de visitada por muitos turistas, todos temiam o banho em suas águas, que segundo a lenda, engoliam em misteriosos rodamoinhos, cujas eventuais mortes por afogamento aumentavam a aura de mistério. Lagoa era usada por lavadeiras que em suas margens, ajudaram a manter vivas muitas tradições ancestrais que enriquecem a cultura de Salvador.



Apesar de ser uma APA - Área de Proteção Ambiental, e de ser um dos mais belos e famosos pontos turísticos de Salvador, além de ser e imortalizada nos versos e canções de Dorival Caymmi, a Lagoa do Abaeté está ameaçada devido à falta de cuidados. Frequentadores e visitantes reclamam da insegurança e da falta de manutenção do local.
De acordo com Feliciano dos Anjos, Presidente da Liga de Esportes do Abaeté, o lixo e a situação da quadra afugentam os visitantes. Iraci de Oliveira, baiana de acarajé, ressalta que os bares na maior parte do tempo ficam vazios dificultando a vendo dos produtos. O líder comunitário, Alex Cossino diz que: “O Abaeté é na verdade uma lagoa azul, hoje em dia é uma lagoa negra, que está secando e é uma tristeza, como se fosse uma lágrima indo embora”.
Porém, de acordo com o Inema - Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, várias ações de manutenção foram realizadas, no sentido de preservar a lagoa, tais como: mutirões de limpeza, coleta seletiva de lixo e cursos de salvamento. Ainda segundo o instituto está sendo realizado um estudo para facilitar a gestão da área e a realização de novas medidas de prevenção e fiscalização do parque.
Diante disso, só nos resta esperar que o poder público e a iniciativa privada criem programas que incluam a comunidade para que juntos possam salvar a Lagoa do Abaeté do descaso, da falta de segurança, enfim, de todos os problemas sociais que envolvem o local, fazendo com que o parque volte a ser um belo cartão  postal e orgulho do povo baiano.









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