terça-feira, 30 de abril de 2013

BARRA ANTIGA

 
 









 
 
visualizado em 30/04/2013 às 23:09
 
 
 

Breve história do bairro de Itapuã
Itapuã significa “pedra de ponta” ou “ponta de pedra” e não “pedra que ronca”, como muitos acreditam. (...) Seu batismo, de origem tupi, é formado pela aglutinação dos vocábulos indígenas ita e apuã [ts]. Historicamente, há notícias dele desde o século XVI, quando Gabriel Soares de Sousa registrou em Tratado Descritivo do Brasil, em 1587: “Esta ponta é a que na carta de mareas se chama Lençóis de Areia, por onde se conhece a entrada da Bahia”.

Os indígenas, primeiros habitantes do local, já o chamavam de Itapuã. Alguns relatos contam a chegada da fé católica numa terra dominada pelas práticas pagãs, como a lenda da aparição de São Francisco Argoin e a lenda da Pedra de São Tomé. Outros relatos falam que Itapuã era parte de uma enorme fazenda, cuja posse até hoje provoca discussões. O que se sabe com certeza é que as terras de Itapuã já foram chamadas por vários nomes, e eram arrendadas pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição até a década de 1950. Como é comum acontecer em Itapuã, a origem do bairro está relacionada às diferentes narrativas que se contradizem e se completam, e que algumas vezes fazem parte dos muitos mistérios associados ao lugar.


Vilumbrando o blog

Olá colegas,
Os tópicos abordados por vocês é muito interessante. A questão de Salvador ontem e hoje, deve ser abordada por a nossos alunos, levando à reflexão.
Abraços. Joelma Gomes G18

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Roteiro turístico da Barra





Impossível fazer um roteiro turístico pela cidade de Salvador e não incluir uma volta pela Barra, ponto beneficiado da orla marítima da cidade, onde se dá o encontro do Oceano Atlântico com a Baía de Todos os Santos. Não bastasse pela sua tradição jovial e boêmia, a Barra é carregada de sentido histórico e, nesse sentido, pode servir para um roteiro de reconstituição das pegadas da História.
Foi lá, mais precisamente no Forte de Santo Antonio da Barra, que o navegador Américo Vespúcio colocou, em 1501, o marco de posse portuguesa. 34 anos depois, no Porto da Barra, desembarcaram o primeiro donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Ciutinho e o capitão Tomé de Souza para fundar Salvador em 1549. Merecem também uma visitação os fortes de Santa Maria e de São Diogo, e as Igrejas de Santo Antonio da Barra, de Nossa Senhora das Graças e de Nossa Senhora da Vitória.
Qualquer visita pela orla da cidade pode começar com uma ida ao Porto da Barra, com sua praia que mais parece uma piscina natural. Lá está o marco comemorativo para marcar o ponto onde desembarcou Tomé de Souza em 1549 para fundar a cidade, assim como os soldados da Companhia das Índias Ocidentais que invadiram a cidade em 1624.

Fonte: A Tarde, 29/03/2004 ( caderno especial sobre Salvador)

Salvador Ontem



 









                                           A ladeira e Igreja de São Bento (1884)


                              O Farol da Barra, ainda sem os espigões, que passaram a surgir no local a   partirde 40





       

Fonte: A Tarde, 29/03/2006

Salvador teve crescimento urbanístico diferenciado ao longo do tempo


Da sua fundação em 1549 até o início do século XX, o grande núcleo de Salvador era o centro da cidade com vértice de expansão urbana direcionada para os bairros da Vitória e Barra e alguns quase aldeias, como Rio Vermelho, Itapuã e Cidade Baixa, que foi pensado como bairro industrial no início do século XX. A cidade passa por um processo de expansão muito significativo entre 1940 e 1950, para depois ser envolvida, nas décadas de 60 e 70, por outra espiral de expansão urbana, estimulados pela criação  do Centro Industrial de Aratu e do Pólo Petroquímico de Camaçari.
Para o Doutor em Antropologia pela Universidade de Paris, Roberto Albergaria, a expansão urbanística de Salvador sempre seguiu um modelo importado. A primeira etapa na fase colonial entre os séculos XVI e XVIII foi de reprodução do modelo português. Depois, na fase imperial, entre o século XIX e o início do século XX, a cidade utiliza parâmetros parisienses e ingleses. A partir de meados do século XX, o modelo norte-americano seria a tônica.

Fonte:  A Tarde, 29/03/2004






quinta-feira, 25 de abril de 2013

Maria Quitéria

Militar brasileira

Biografia de Maria Quitéria:

Maria Quitéria (1792-1853) foi militar brasileira. Pioneira na luta de reconhecimento da independência. Baiana de nascimento e com grande habilidade no uso da arma de fogo, inscreveu-se como voluntária para lutar contra as províncias que não reconheciam D.Pedro como imperador. A Bahia tinha grande contingente militar português e apresentou resistência às forças do imperador. Para comandar as tropas brasileiras D.Pedro enviou à Bahia o general Pierre Labatut, que organizou as tropas e que obtiveram as primeiras vitórias contra os portugueses. Maria Quitéria teve atuação destacada em lutas importantes. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.
Maria Quitéria de Jesus (1791-1853) nasceu no dia 27 de julho, no sítio do Licorizeiro, no arraial de São José de Itapororocas, hoje Feira de Santana na Bahia. Filha do fazendeiro Gonçalo Alves de Almeida e Quitéria Maria de Jesus, que morreu quando a filha tinha dez anos. Quitéria assumiu a casa e cuidou dos dois irmãos. Seu pai casou pela segunda vez, mas logo ficou viúvo. Casou novamente e teve mais três filhos. Sua nova esposa não apoiava o comportamento independente de Maria Quitéria.
Maria Quitéria não frequentou a escola. Dominava a montaria, caçava e manejava armas de fogo. Deflagradas as lutas de apoio à independência em 1822, o Concelho Interino do Governo da Bahia, defendia o movimento e procurava voluntários para suas tropas. Maria Quitéria, interessada em se alistar, pediu permissão ao seu pai mas seu pedido foi negado. Com o apoio de sua irmã Tereza Maria e seu cunhado José Cordeiro de Medeiros, Quitéria cortou o cabelo, vestiu-se de homem e se alistou com o nome de Medeiros, no Batalhão dos Voluntários do Príncipe, chamado de Batalhão dos Periquitos, por causa dos punhos e da gola verde em seu uniforme.
Depois de duas semanas foi descoberta pelo pai, mas o major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, pois era reconhecida pela disciplina militar e pela facilidade de manejar armas.
Maria Quitéria seguiu com o Batalhão para vários combates. Participou da defesa da Ilha da Maré, da Pituba, da Barra do Paraguaçu e Itapuã. No dia 2 de julho de 1823 quando o exército entrou na cidade de Salvador, Quitéria foi saudada e homenageada pela população. Tornou-se exemplo de bravura nos campos de batalha e foi promovida a cadete em 1823. Foi condecorada no Rio de Janeiro com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, em uma audiência especial onde recebeu a medalha das mãos do próprio imperador D. Pedro I.
Reformada com o soldo de alferes, voltou para Bahia com uma carta do Imperador dirigida a seu pai, pedindo que ela fosse perdoada pela desobediência. Casou-se com um namorado antigo, o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luisa Maria da Conceição. Viúva, mudou-se para Feira de Santana, para tentar receber parte da herança do pai que havia falecido em 1834. Desistindo do inventário mudou-se com a filha para Salvador, onde morreu quase cega em total anonimato. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré em Salvador.

Informações biográficas de Maria Quitéria:

Data do Nascimento: 21/07/1792
Data da Morte: 21/08/1853
Nasceu há 220 anos
Morreu aos 61 anos
Morreu há 159 anos

Postado por Eleny Almeida

Salvador colonial nas gravuras de Paulo Lachenmayer


Repare na gravura acima que representa a cidade nos seus primórdios, a Salvador murada de Thomé de Souza, conforme a descreveram os seus contemporâneos. Cidade murada com o objetivo de proteger os mais de mil homens que vieram com o primeiro Governador de eventuais ataques dos Tupinambas, os legítimos proprietários da terra colonizada, assim como de invasores e corsários de outras nações que não Portugal.
A ilustração mostra em primeiro plano a porta de acesso à cidade, no local onde hoje é a Praça Castro Alves, cercada de água, sob uma depresão geológica natural que ainda existe e resultou numa ladeirinha que desce rumo à Barroquinha. Destaca-se em linha reta a primitiva Rua Chile, ao fundo o Paço Municipal e, na via paralela, observa-se a Igreja da Ajuda; em segundo plano a ilustração mostra a Ribeira das Naus, hoje sede do II Distrito Naval. Belíssima imagem, inspiração do artista plástico, Irmão Beneditino Paulo Lachenmayer.
Cabe observar que o desenho do Irmão Paulo é a única representação gráfica que temos da Salvador murada, referência ao período 1549-1551; neste último ano os muros originais começaram a ruir por causa das chuvas. Grandes artistas plásticos (baianos, brasileiros e estrangeiros) transportaram para as suas telas episódios históricos (como o desembarque de Thomé de Souza ou o ato da abertura dos portos às nações amigas), ruas, praias e o porto da Bahia, seus monumentos, festas e folclore, mas somente o irmão Paulo registro a Bahia colonial nos conformes do traçado original urbanistico do arquiteto Luis Diaz. E é isso que torna esta gravura extraordinária, única.
O Irmão Paulo criou, então, sete gravuras, a pedido da Revista Fiscal da Bahia, para ilustrar a capa, folhas de apresentação e os capítulos correspondentes aos “Quatro Séculos De História da Bahia, transcorridos em março de 1949, objeto da publicação. Revista primorosa com 382 páginas e registro fotográfico do desfile comemorativo da efemeride através das lentes de Voltaire Fraga, Adriano Messeder e Silvanisio Pinheiro.
Quem era o Irmão Paulo? Lachenmayer chegou em Salvador em 1922, sofreu incompresões da arquidiocese que não aprovou algumas de suas esculturas com técnicas inovadoras, mas que desafiavam os padrões estéticos sacros vigentes e também dos baianos, durante a II Guerra Mundial, pela sua origem Alemã. Lachenmayer dominava as técnicas de escultura, pintura, relevo, mas definia-se a sim mesmo como arquiteto especializado em interiores sacros. Conhecia muito de arte sacra, é dele um dos laudos que atestam que a imagem de Nossa Sra da Aparecida encontrada no Rio Paraiba, é de fato do século XVII.
Nos legou uma grande obra artística. Decorou a catedral do Rio de Janeiro, a Basílica da Aparecida em São Paulo, coordenou os trabalhos de interior da Catedral de Brasilia ao lado de Oscar Niemayer e criou inumeros brazões para irmandades, prefeituras, igrejas pelo Brasil afora, inclusive o brazão da UFBA. É de sua autoria o brazão da capa do “Livro do Tombo de Sâo Bento” e também as imagens do livro “Reliquias da Terra de Ouro”, em comemoração ao bicentenário do Santuário do Bom Jesus do Matosinho, em Braga, Portugal. Ilustrou ainda a “Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN”, dentre inumeras publicações.
Os soteropolitanos devem ao Irmão Paulo muito mais do que sua admiração. O legado de uma imagem, representação de que como deve ter sido Salvador com as sete ruas do traçado original.

Postado pçor Eleny Almeida

quarta-feira, 24 de abril de 2013

RIO VERMELHO QUE AS VEZES FICA AZUL OUTRAS VEZES FICA VERDE QUE UM DIA TEVE UM RIO QUE FICAVA VERMELHO E QUE HOJE NEM MAIS RIO É, QUE JÁ FOI CASA DE ÍNDIO,  ESCONDERIJO DE NEGRO FUGIDO,FAZENDA DE GADO, LUGAR DE VERANEIO AINDA CONTINUA FAZENDO HISTÓRIA. É BOÊMIO TÁ SEMPRE ENGARRAFADO MAS TEM TUDO DO QUE SE PRECISA

EXEMPLO DE CIDADANIA NO BAIRRO DO RIO VERMELHO



 CIDADANIA
                                                                             


Projeto promete transformar o bairro do Rio Vermelho em 'escola a céu aberto'

O bairro do Rio Vermelho, na orla de Salvador, foi escolhido para a implantação de um projeto que reúne educação, arte e cultura com o objetivo de firmar parceria entre a sociedade civil e as escolas públicas.  A ideia é integrar educação e cultura através de vivências práticas do bairro. Uma das apoiadoras e idealizadoras do projeto, a jornalista Anna Penido, do Instituto Inspirare, explica que "Os desafios para a melhoria da educação são muito grandes. A escola e o poder público não dão conta de alcançar os objetivos sozinhos e tem muita gente querendo ajudar. O projeto serve como um catalisador de apoios para que as escolas se apropriem das oportunidades educativas que existem em torno dos prédios".
Fontes:
Fonte notícia:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/12/projeto-promete-transformar-o-bairro-rio-vermelho-em-escola-ceu-aberto.html
                                                  
Fonte imagem:
http://s2.glbimg.com/tb_EERDQSGhcF31h1rkUcFYX3UXQ1qoZ55AIlQP2uYxIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/12/15/bairro-escola-2.jpg


Fonte imagem:
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Fonte imagem:
http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-snc6/p480x480/196110_348401448607351_1217588598_n.jpg

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quem foi o preto Beirú?

          A história do Beirú ( bairro de Tancredo Neves) se confunde com a história dos cultos afro, terreiros e, principalmente, com a história do seu primeiro morador – Miguel Arcanjo. Beirú foi um negro escravizado, comprado pela família Hélio Silva Garcia. Ele herdou as terras antes pertencentes aos seus donos, hoje equivalente a área ocupada pelo Beirú, que gira em torno de 1 milhão de metros quadrados de área.

         Essas terras, após a morte de Beirú, voltaram à posse da mesma família de origem, já que “Preto Beirú” como era chamado, não tinha herdeiros libertos. Os Hélio Silva Garcia, em gratidão a Beirú, resolveram homenagear-lhe dando o nome Beirú à sua fazenda, como consta na escritura da fazenda datada do final do século XIX.

         As terras foram então vendidas a Miguel Arcanjo, primeiro residente da área. Anos mais tarde ele viria a fundar um terreiro de candomblé no local onde situava-se a casa grande da Fazenda Beirú. A venda das terras datam de 1910. Foi assim que nasceu em 1912 a Nação de Amburaxó, na área conhecida como Jaqueira da Cebolinha, que atualmente dá nome ao Largo do Anjo-mau.

 

Publicada no primeiro número do Jornal Beirú, lançado em novembro de 2002 
Postado por Valdete dos Santos
G 18  



terça-feira, 16 de abril de 2013



RIO VERMELHO

Ostentando vasta e rica tradição, a história do Rio Vermelho antecede, em quarenta anos, à fundação da Cidade do Salvador. Foi descoberto de forma acidental, em 1509, por Diogo Álvares Corrêa, tripulante de uma embarcação ( portuguesa) que naufragou junto ao Morro do Conselho, bem defronte ao atual Hotel Pestana. O jovem conseguiu chegar à Pedra da Concha, uma pequena ilha rochosa ao lado do Morro do Conselho, frontal à foz do Camorogipe, na Enseada da Mariquita, onde se abrigou. Alguns dos seus companheiros também conseguiram se salvar e alcançar a terra firme, onde foram aprisionados e devorados pelos tupinambás. Como ficou escondido na Pedra da Concha, Diogo teve tempo de preparar a estratégia de defesa e sobrevivência. Dizem que quando foi, finalmente, avistado pelos índios, imediatamente usou o bacamarte para desferir certeiro tiro numa gaivota em pleno voo. Espantados, pois desconheciam a engenhoca barulhenta, foguista e mortífera, os nativos começaram a exclamar: “Caramuru, Caramuru, Caramuru que na língua tupi significa “homem do fogo, filho do trovão, dragão saído do mar”.

 Diogo Álvares Corrêa, de historiografia tão escassa, mas de uma vida recheada por fatos relevantes, foi protagonista de uma epopéia, onde o real e a fantasia se misturaram numa simbiose de mistérios e lendas, que criaram uma aura de magia em torno de um homem tido como português, mas que pode ter sido espanhol.  Caramuru, nome do batismo tupi, foi o primeiro habitante branco do território que faria parte da primeira capital brasileira. Primeiro poliglota da Bahia, falava português e galego, idiomas gêmeos da região natal, no noroeste da Península Ibérica, dominava o francês, utilizado nas articulações comerciais, e o tupi, a língua da terra adotiva, onde se tornou um semideus. Foi também o iniciador da miscigenação do branco com o índio, sendo o patriarca das primeiras famílias caboclas (mamelucas) da Bahia, quiçá do Brasil. Enfim, constituiu-se no fundador da primeira povoação onde ocorreu a efetiva integração entre as duas raças, o que não foi conseguido pelos degredados inicialmente deixados na terra de Vera Cruz, primeiro nome dado ao Brasil. Transformado num autêntico “cacique branco” dos tupinambás, Caramuru possibilitou o surgimento, na Mariquita, da chamada “Aldeia dos Franceses”, um entreposto de escambo do pau-brasil com aventureiros franceses. Mas, sem haver nenhuma fixação de forasteiros na região, o que somente ocorreria com o assentamento de currais de gado e armações para pesca da baleia, numa sesmaria doada pelo primeiro governador-geral da Colônia, Thomé de Souza, que em 29 de março de 1549 fundou a Cidade do Salvador com a ajuda de Caramuru, já residindo numa povoação onde ele construiu uma ermida, atual Igreja de Nossa Senhora da Graça. 


Fonte: Revista do Rio Vermelho, ano 1. Texto de Ubaldo Marques Porto Filho.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


O Link contém um estudo sobre o Bairro do Rio Vermelho, Salvador, Bahia,  constante dos  Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.

Abaixo uma breve introdução da formação do bairro e seu desenvolvimento, para maiores detalhes acessar o link:








”Inicialmente, no século XVI, o Rio Vermelho era um antigo aglomerado de índios Tupinambás, aos poucos foi se transformando num povoado de pescadores e pobres lavradores (século XVII). Fora da aldeia de pescadores havia grandes extensões de terras, fazendas, as quais foram fracionadas e vendidas a famílias de classe média como local perfeito para a prática do veraneio, isso já no final século XIX, facilitado pela presença dos bondes com tração elétrica, os quais permitiam o acesso ao bairro.
Ao lado do patrimônio arquitetônico (refletido nos casarões e Igrejas) e da beleza natural, o bairro também guarda festas populares tradicionais, originadas no início de século XX. Hoje, bastante famosas conhecidas nacionalmente e internacionalmente pela mistura da fé entre o catolicismo e o culto afro brasileiro. Festas como a de Iemanjá (ou “Janaina”, ”rainha do Mar”, “protetora dos pescadores”), faz do Rio Vermelho único, repleto de tradições culturais...”

Maria das Graças Bispo de Jesus

Bairro Rio Vermelho, Salvador-Ba.

Heranças da arquitetura colonial.




Fonte Imagens: http://www.google.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Imagens da escravidão no Brasil, dentre elas muitas são da Bahia.




História da Bahia

Bahia Colônia
A partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais, existiram distinções muito nítidas entre Salvador (e a região margeando a baía, chamada recôncavo) e o interior mais distante. 
Apesar das excelências do ancoradouro descoberto em 1501, os portugueses abandonaram-no nas duas primeiras décadas de existência da colônia, dando margem a que franceses ali negociassem com os indígenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa de Pero Lopes de Sousa, cuja viagem é de 1530, ao encontrar na Bahia o lendário Caramuru, que desde 1510 ou 1511, quando naufragara, vivia entre os selvagens.
As capitanias da costa central do Brasil não ofereciam perspectivas de retorno, e por isso foram destinadas aos menos ricos dos donatários; as capitanias que mais atraíram a atenção foram as do extremo norte (próximas à Foz do Amazonas) e do extremo sul (próximas à foz do rio da Prata) e pelo mesmo motivo: os rios davam fácil acesso ao interior do Brasil, onde, supunha-se, poderiam ser encontradas ricas minas de ouro e platina, tal qual ocorreu na costa ocidental da América. 
Também por isso, as capitanias não prosperaram; os donatários tinham poucos recursos humanos, materiais e financeiros, e dependiam da ajuda da Coroa; a Coroa, por não ver perspectivas de retorno imediato, pouco auxílio mandou aos capitães.
Para substituir o fracassado regime de capitanias, deliberou D. João III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, embora situada a distâncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, oferecia boas condições para daí se dar "favor e ajuda às outras capitanias e se ministrar justiça, prover às cousas da real fazenda e ao bem das partes". Para cumprir essa política, foi nomeado Tomé de Sousa, que, de acordo com o regimento de 17 de dezembro de 1548, deveria edificar "uma fortaleza e povoação grande e forte num lugar conveniente". 

Após violentas guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse de Matuim e Passé. Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia, mas também com as guerras contra os índios amoipiras, acroás e paiaias. A religião também teve papel importante; Roma mandou a Salvador o primeiro bispo das Américas, o bispo Sardinha; ademais as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Francisco e do Monte Carmelo muito contribuíram para as atividades civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estímulo para o povoamento consistiu no descobrimento de ouro na serra de Jacobina. 

No século XVIII, a Bahia contava 77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do território, e correspondendo, por outro, à orientação de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produção: (1) o Recôncavo, para a cana-de-açúcar; (2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de mandioca; (3) tabuleiros ou areais, para fumo e mandioca; (4) o sertão, para o gado. A principal característica da economia, não apenas da Bahia mas de todo o Brasil colonical, foi estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia colocadas como fornecedoras de matérias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam à Europa. 

Implantada sob os condicionamentos da economia mercantil, a economia de exportação teve como base o trabalho escravo. Desenvolveu-se, porém, de forma variada e complexa, com um elenco mais extenso e mais expressivo de artigos e produtos, como pau-brasil, açúcar, algodão, fumo, ouro, madeiras, couro cru, cachaça e farinha. 

Fonte: Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_Bahia
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/conquista_bahia.htm

Neste espaço estaremos postando imagens e informações sobre a história do bairro do Rio Vermelho em Salvador-Ba



Fonte das imagens: google.com