Breve história do bairro de Itapuã
Itapuã significa “pedra de ponta” ou “ponta de
pedra” e não “pedra que ronca”, como muitos acreditam. (...) Seu batismo, de
origem tupi, é formado pela aglutinação dos vocábulos indígenas ita e apuã
[ts]. Historicamente, há notícias dele desde o século XVI, quando Gabriel
Soares de Sousa registrou em Tratado Descritivo do Brasil, em 1587: “Esta ponta
é a que na carta de mareas se chama Lençóis de Areia, por onde se conhece a
entrada da Bahia”.
Os indígenas, primeiros habitantes do local, já o
chamavam de Itapuã. Alguns relatos contam a chegada da fé católica numa terra
dominada pelas práticas pagãs, como a lenda da aparição de São Francisco Argoin
e a lenda da Pedra de São Tomé. Outros relatos falam que Itapuã era parte de
uma enorme fazenda, cuja posse até hoje provoca discussões. O que se sabe com
certeza é que as terras de Itapuã já foram chamadas por vários nomes, e eram
arrendadas pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição até a década de 1950.
Como é comum acontecer em Itapuã, a origem do bairro está relacionada às
diferentes narrativas que se contradizem e se completam, e que algumas vezes
fazem parte dos muitos mistérios associados ao lugar.
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