terça-feira, 23 de abril de 2013

Quem foi o preto Beirú?

          A história do Beirú ( bairro de Tancredo Neves) se confunde com a história dos cultos afro, terreiros e, principalmente, com a história do seu primeiro morador – Miguel Arcanjo. Beirú foi um negro escravizado, comprado pela família Hélio Silva Garcia. Ele herdou as terras antes pertencentes aos seus donos, hoje equivalente a área ocupada pelo Beirú, que gira em torno de 1 milhão de metros quadrados de área.

         Essas terras, após a morte de Beirú, voltaram à posse da mesma família de origem, já que “Preto Beirú” como era chamado, não tinha herdeiros libertos. Os Hélio Silva Garcia, em gratidão a Beirú, resolveram homenagear-lhe dando o nome Beirú à sua fazenda, como consta na escritura da fazenda datada do final do século XIX.

         As terras foram então vendidas a Miguel Arcanjo, primeiro residente da área. Anos mais tarde ele viria a fundar um terreiro de candomblé no local onde situava-se a casa grande da Fazenda Beirú. A venda das terras datam de 1910. Foi assim que nasceu em 1912 a Nação de Amburaxó, na área conhecida como Jaqueira da Cebolinha, que atualmente dá nome ao Largo do Anjo-mau.

 

Publicada no primeiro número do Jornal Beirú, lançado em novembro de 2002 
Postado por Valdete dos Santos
G 18  



Nenhum comentário:

Postar um comentário