A história do Beirú ( bairro de Tancredo Neves) se confunde com a
história dos cultos afro, terreiros e, principalmente, com a história do seu
primeiro morador – Miguel Arcanjo. Beirú foi um negro escravizado, comprado
pela família Hélio Silva Garcia. Ele herdou as terras antes pertencentes aos
seus donos, hoje equivalente a área ocupada pelo Beirú, que gira em torno de 1
milhão de metros quadrados de área.
Essas terras, após a morte de Beirú,
voltaram à posse da mesma família de origem, já que “Preto Beirú” como era
chamado, não tinha herdeiros libertos. Os Hélio Silva Garcia, em gratidão a
Beirú, resolveram homenagear-lhe dando o nome Beirú à sua fazenda, como consta
na escritura da fazenda datada do final do século XIX.
As terras foram então vendidas a Miguel
Arcanjo, primeiro residente da área. Anos mais tarde ele viria a fundar um
terreiro de candomblé no local onde situava-se a casa grande da Fazenda Beirú.
A venda das terras datam de 1910. Foi assim que nasceu em 1912 a Nação de Amburaxó, na
área conhecida como Jaqueira da Cebolinha, que atualmente dá nome ao Largo do
Anjo-mau.
Publicada no
primeiro número do Jornal Beirú, lançado em novembro de 2002
Postado por Valdete dos Santos G 18
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